sexta-feira, 20 de março de 2009

Soneto da Angústia

Que a morte do que eu acredito
Seja apenas sentida e não vista
E os sussurros se transformem
Em brisas e passe despercebidos

Que o grito de dor ecoe silenciosamente
E o silencio seja o único amigo a pôr-me a mão
E os espinhos que crava minha alma
Transporte e refaça a minha vida

E ao chegar ao profundo e sombrio fim,
Verei que a vida é só uma passagem
Que rasga a alma e modifica o ser

E o meu corpo seja apenas velado
E meus desejos, respeitados.
Quanto a mim, apenas chamem-me pelo nome.


Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 30/01/2008
Código do texto: T839480

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