Quando abro a janela,
Vejo que a única coisa
Que me matem vivo
É a certeza que não morri.
Sinto o cheiro da angustia
Afogar minha alma e
Inunda de tristeza o um único
Sorriso amarelo que me resta.
Transborda de dor o que já
Não tem mais como doer.
E rouba de mim a imagem
Que não tive, apenas sonhei.
O que me resta,
São frangalhos de uma vida,
Retalhos que alguém deixou cair.
Que nem sentiram a falta,
E nem jogaram no lixo.
Migalhas que a vida me nega,
Lagrimas que não caem mais,
O cheiro da morte ronda meu corpo
E seu sussurro doce me atrai.
E quando abro a janela...
Veja uma porta que chama o meu nome.
Genival Silva
Publicado no Recanto das Letras em 22/02/2008
Código do texto: T870291
sexta-feira, 20 de março de 2009
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